segunda-feira, abril 30, 2007
terça-feira, abril 24, 2007
Cartaxo, a terra prometida

Rezam histórias de uma terra onde as pessoas são quentes e o vinho jorra de orifícios na parede. Esse nome, que pode ser encontrado em gravuras em Foz Côa como Cahr-Tax-Ow, adquiriu hoje um simbolismo que só Machu Pichu conseguiu, no que toca a misticismo e local de energia divina e sagrada.
Cartaxo, nome moderno, foi palco de inúmeras degladiações: os próprios romanos lutaram com as hordas bárbaras de pessoal na Margem Sul para o controlo de um dos pontos mais importantes de fornecimento de vinho ibérico. Aí estalou a tão conhecida Guerra do Vinho Frio. Essa guerra quase pôs fim ao poderio alcoólico do Cartaxo: adegas foram destruídas, inúmeras tascas foram profanadas e transformadas em lojas de comida macrobiótica, adegueiros foram presos e mandados para centros de desintoxicação alcoólica.
A história do Cartaxo remonta a 2010 AVP (Antes do Vinho à Pressão), quando uma tribo que até hoje não se sabe bem de onde era originária (mas eu suspeito que eram ciganos e benfiquistas) se fixou na zona onde hoje é originalmente a Grande Cidade do Cartaxo. Tribo de homens habilidosos e temerários, banhados pelo rio de vinho com 15% de teor alcoólico que dá pelo nome de Tejo, os Cartaxenses distinguem-se pela capacidade única de iludirem os balões da Brigada de Trânsito até aos 5,6 g/l, para além de serem confundidos com os peles vermelhas nativos da América. Reza a lenda que os forasteiros que forem apanhados a vender água de fogo em terras Cartaxenses verão os locais saltarem sobre si e cortar-lhes os escalpes. O homem do Cartaxo sabe que cumpriu a sua missão ao morrer de cirrose, a morte dos heróis.
Nota: este é o primeiro post escrito a 4 mãos, com o contributo do bloguista mais afamado a sul do Cartaxo, vindo directamente de http://vadjassa.blogspot.com
segunda-feira, abril 23, 2007
Lembrança do dia

Quando um tipo faz a barba e não sabe se termina no queixo, na maçã de Adão ou nas omoplatas alguma coisa se passa. Este é então um candidato a bola de pêlo, o típico macho friorento que usa camisola de lã até no chuveiro.
Solidário como sou, noites a fio ouvi desabafos em forma de pedidos de ajuda desesperadas de um amigo meu, tudo isto enquanto ele coçava as micoses que abundavam em todo o seu corpo e que transformavam o chão num cemitério improvisado de belos pêlos guerreiros que nele habitaram anos a fio. Esse meu amigo hoje em dia não se aproxima de Haia senão é julgado no Tribunal Europeu por genocídio e crimes de guerra atrozes à sua penugem natural. Houve um dia em que não viu os famosos 3 pêlos do calcanhar e pensou que a calvície era hereditária.
Eis então que um certo dia me pediu o impensável...que fosse ao supermercado fingir que ia comprar Opilca para a minha mãe para tratar ele próprio do assunto e transformar-se numa autêntica Belle Dominique (mas sem maquilhagem).
Para abreviar a história, o resultado foi tão perturbador para quem viu que nunca mais foi preciso ir ao supermercado. As vidas de todos os que viram ficaram marcadas desde esse dia.
Hoje em dia é um metrosexual a quem gosto de dar abraços quando o encontro, sinto-me bem e e sem preconceitos a passar-lhe a mão no pêlo como se fosse um grande São Bernardo. Se quiserem saber quem é procurem na minha lista telefónica por 'Opilca', o eterno Big Muzzy.
Explicação do dia

Para todos os que têm dúvidas sobre qual o motivo que me leva a coxear que nem uma miúda de 7 anos a jogar à macaca ou o Mantorras a fugir da BT com a carta de condução angolana na mão a explicação é simples. Nasci com o pé esquerdo torto, parecia a pata dum ganso a nadar. Em 1981 quando um professor de Matemática queria explicar o que era um ângulo obtuso levava as criancinhas a ver o meu pé, o que me conferia o estatuto de freak. Ora, o que se passa é que o meu gémeo direito tem de fazer mais força a apoiar o pé no chão e daí a minha dificuldade em dar bailinho aos quenianos do Estádio Universitário. Mas dêem-me 10 dias nas mãos do mestre Rodolfo Moura e dos seus famosos cremes Nivea e vão ver.
Resumé

Ir ou não ir, a lezíria e beijos de mel, hibernar, tequilla e B52's, cheiro a peixe, a cavaleira loiraça no restaurante, Figueirinha, mar verde, Andorra e os dinamarqueses, a surpresa da amiga russa de S.Petersburgo, Il Bombardieri, dá a mãozinha ao T-Bag, em 7 anos constrói-se, pés nus na relva molhada, espera interminável by FNAC, banho de cerveja no mongolóide marreco.
quarta-feira, abril 18, 2007
Dica do dia
terça-feira, abril 17, 2007
VFX Break

Não perca, a sua nova série, todas as noite na TV Xira!
segunda-feira, abril 16, 2007
Hotel Ruanda
Devo-te a promessa de me tornar um homem melhor.
PS:A todos os que dividem em beliches instáveis o meu T0, estou a tentar arranjar-vos uma vivenda com vista p'ró mar, mesmo que isto agora pareça um cave sem luz no Cacém. E a ti deixo-te a chave do Palácio no lago do teu jardim, vai tratando de fazer as obras de restauro e avisa quando eu puder entrar! See you later aligator!
domingo, abril 15, 2007
Planos para a semana
- madrugar na 5a feira para apanhar lugar e ver The Gift
- tomar decisões e manter-me fiel
- pôr o Mantorras a jogar mais que 10 minutos no Football Manager
- tatuar-me que nem gente grande (Michael Scofield)
- não deixar passar esta semana sem ver 'As obras completas de Shakespeare em 97 minutos'
- comer "aquela" sopa de peixe do 'Parente'
- aprender a assobiar e a fazer cornos com a mão direita
- ouvir 'Essência', 'Mundos mudos' e 'A garagem da vizinha' num ciclo infinito
- rebolar menos na cama
- tornar-me reitor da Independente
- mandar mais sms's a quem merece
- mudar o wallpaper no telemóvel
- exterminar toda e qualquer melga do rio que seja maior que o meu pé
- não me deixar ultrapassar pelos velhotes quenianos no meu jogging da tarde
- encontrar a miúda das sardas, loirinha e de bikini às bolinhas que no ano de 1996 me deu o número de telefone na Costa e me piscou o olho que nem a Ruth Marlene (essa grande artista)
sábado, abril 14, 2007
sexta-feira, abril 13, 2007
Cruzaram-se os dois à esquina
- Miúda, já sabes que não tenho paciência para visitas de médico. Vou ver se passo por lá um dia destes ok?
- Mas olha lá, o que é que aconteceu?! Estás com bom aspecto pá! Sim senhora!
- Oh...dizes isso porque não dormes comigo!
- És sempre o mesmo tu...sabes que não durmo mas não me importava nada!...Aparece lá então.
E eu fui-me embora depois de me despedir dela a rir-me sozinho e a pensar que deviam haver mais primas destas.
Ainda a questão do engenheiro
Falemos então dos cidadãos catalogados por "senhor doutor", "senhor engenheiro", "senhor arquitecto"... Do país provinciano onde os cidadãos são avaliados pelo canudo e não pela sua competência e honestidade. É urgente proceder a um estudo sociológico, a fim de clarificar as relações interpessoais (sejam elas de trabalho, em fóruns de discussão, da vida pública ou privada), para que se possa saber como tratar o trolha, o pedreiro, o pescador, o alpinista, o investigador, o futebolista, o jardineiro.
Neste país de canudos não há coerência nem um tratamento igual nas relações interpessoais, o jogo está claramente viciado. Foi precisamente para manter o país submisso que no Estado Novo se criaram as "corporações", que de resto ainda perduram. O canudo dos "senhores doutores" valia para dividir o povo e submeter a arraia miúda às corporações. O povo temia e obedecia. Estava tudo compartimentado e classificado, o povo nem chegava a ter total abertura para ver e sentir o país. O ângulo de visão tornava-se curto e deformado, já que era visto através do canudo.
A solução passa então por se manter o adjectivo qualificativo de "Dr.", "Engº." ou "Arqº." apenas na vida académica, longe do povo e da realidade do tempo que passa. Tratemos os cidadãos em termos de igualdade, unicamente por "senhor A, B ou C". Como fazem os ingleses, os norte-americanos, os canadianos, os alemães...
quinta-feira, abril 12, 2007
Dizias?!...
Ai sim? E então? Que coincidência fabulosa, também eu vou estar vê lá tu. Pode ser só pelo facto de estares "nos meus lados" e eu passar cá a vida mas enfim...
Tenho pena mas não sou índio para entender estes sinais de fumo cifrados. E que tal ires ao que interessa hã? Queres dizer-me alguma coisa? Perguntar-me algo? Sim?! Não?! Talvez?! Quando decidires avisa.
quarta-feira, abril 11, 2007
Dias de mudança
Mudança, sentimento que falta cá dentro
Pode mudar a minha vida toda num momento
Devia aproveitar para pensar em mim
Deixar aquele mundo, deixar de ser assim
Mas eu não quero, eu quero é continuar
Seguir o meu caminho do jeito que o quero levar
Tranquilo na minha onda sem me chatear
Poder estar com os amigos e andar a vaguear
Chegar a casa com aquele cheiro a mar
Não pensar em mais nada a não ser em respirar
Mas será que faço bem, será a escolha certa
Tudo o que sei é que um dia a vida aperta
Quem me dera não ter que me ralar
Mas no fundo eu sei que tenho que mudar
Mudança, há dias era criança
Mas a vida avança e às vezes isso cansa
Então descansa, relaxa e aproveita
Ouve o som que te traz a confiança
São ventos de sorte, são brisas de morte
Dias de bafo ou chuva forte
Tudo muda nesta vida irmão
As folhas caem no Outono, o sol brilha sempre no Verão
Na Primavera tudo nasce, no Inverno tudo morre
Enquanto o tempo corre uma lágrima se escorre
Ano a ano sinto que algo vai mudar
Tenho os braços abertos mas sempre medo de falhar
Será que é assim, será só medo e ilusão
Será que sigo os outros ou que sigo o coração
Será que canto em vão ou que ouves o que eu digo
Serás amigo? Inimigo? Perigo!
Calma, pois tudo muda
Estarei por aqui sempre que quiseres ajuda
Tem calma, pois tudo muda
Estarei por aqui sempre que procurares ajuda
Um dia tudo muda, um dia tudo vai mudar
Há dias que não voltam mais mas que ficam para guardar
Sento-me no sofá depois de um dia atribulado
Encosto-me para trás suspirando de cansaço
Numa folha escrevo versos sobre o dia que passou
E versos são riscados quando sou o que eu não sou
Está na hora de mudar... o que há de vir
Está na hora de pensar e não pensar em desistir
Escrever para quem, falar para quê
Perder tanto tempo se a mim ninguém me vê
Às vezes só me apetece é largar tudo isto
Voltar para o espelho e dizer-vos tudo isto
Mas será que vale a pena voltar para trás
Depois de tanto esforço não vale a pena rapaz
Eu continuo em frente porque eu sei o que eu quero
Eu quero isto, continuo em frente porque quero mudar isto
Eu não desisto, eu estou cá e a mudança então vira
O tempo passa depressa e depressa tudo muda
E tenho saudades de ter a malta toda junta
Hoje ainda vou ao mesmo sítio recordar
Sei que um dia destes também isso vai mudar
Hoje sou eu quem continua a lutar
Mas amanhã virá alguém para ocupar o meu lugar
Há dias que não voltam mais mas que ficam para guardar
Calma, pois tudo muda
Estarei por aqui sempre que quiseres ajuda
Tem calma, pois tudo muda
Estarei por aqui sempre que procurares ajuda
terça-feira, abril 10, 2007
Recortes de jornal

Ultimamente só tenho feito amor com máquinas. É com o computador e o telemóvel que tenho contactos mais íntimos. Trocas de toques e de sorrisos, carícias trocadas em jeito de segredos não revelados.
Na cabeça só o eterno som do vento e das folhas, como um frio e chuvoso dia de Outono em que, sós na estrada, nos sentamos vazios e choramos com a chuva. E assim desejamos permanecer para sempre, imóveis, cansados, desistentes. Mas como só é vencido quem desiste de lutar resisti. Resisti a ser uma marioneta de trapos e cavei o meu próprio destino.
Ensinei a velhos que a morte não chega com a velhice mas com o esquecimento. Aprendi que um homem só tem direito a olhar de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. Eu olhei e vi que estamos tão longe como alguma vez poderemos estar. Juro que se me ligares hoje não atendo. Mesmo que me apeteças.
Emigrei. De mim próprio. E soube bem.
segunda-feira, abril 09, 2007
domingo, abril 08, 2007
sexta-feira, abril 06, 2007
Assombrações
quinta-feira, abril 05, 2007
quarta-feira, abril 04, 2007
terça-feira, abril 03, 2007
Heróis (do mar, da terra e dos céus)
Porquê, não sei
Mas estou bem assim
E tu também
(suponho eu...)