Um beijinho prá Madalena!!!
Só ontem é que me lembrei quem o Maxi Perera me recorda...aquela verruga não engana ninguém, é este homem é o charme em pessoa. E não é qualquer um que tem como pai o Pinto da Costa e mãe o Vitor Baía...
Há loucos por toda a parte, mesmo nos manicómios...
Só ontem é que me lembrei quem o Maxi Perera me recorda...aquela verruga não engana ninguém, é este homem é o charme em pessoa. E não é qualquer um que tem como pai o Pinto da Costa e mãe o Vitor Baía...
Solta os teus cabelos
Solta os teus ideais
Diz-me frases soltas
Sobre coisas banais
Solta o teu corpo
Prende um abraço
Solta o teu ritmo
Solta o teu espaço
Solta a tua dança...
Faz-me sentir livre...
Se morresse agora não deixava nada, porque bebi toda a minha sede, esvaziei-me. Devorei noites, esse amargo que têm as coisas antes de nos pertencerem.
O teu corpo, por exemplo custou-me tanto inventar-lhe formas consistentes, um reflexo, uma sombra que se lhe adaptasse e o acompanhasse. O teu corpo que vive hoje dentro do espelho onde se perdeu o meu.
Eu sei, é um doce amar. O amargo é querer-te só para mim.
A rotina surpreendente das folhas secas começou.
Espero que quando o meu Outono chegar, eu saiba agarrá-lo com a mesma força que passo o Verão, para que depois acalme no Inverno do teu colo e possa enfim recostar-me nas experiências e saudades do que fiz, ansiando pelo que era eminente.
Outono é esta estação que me cativa, os aromas da terra que voltam a soltar-se, as primeiras chuvas que acariciam a nossa pele, os momentos de intimidade com fogo, calor e cores na lareira, é sentir um frio aconchegante que pede o calor do teu sorriso ao voltar a casa.
Aproximo a boca sedenta daquele poço de memórias e por lá fico, a deliciar-me com um doce que por ser tão prolongado de promessas, me inspirou. Provei agora os lábios. Quero mais. Vai ser, com certeza.
Os gestos ficaram presos, assim como a língua que se desprende sempre melhor quando tem umas quantas letras por escrever. Mas os olhos, esses, correram tanto e pararam em todo e qualquer ponto do contorno dos teus olhos. É na sinceridade da acalmia recente que reside a verdade do que digo. Se guardares lugar para mim e me sentires na plenitude, verás que nem só de palavras soltas se constroem estes textos. Mas essencialmente de umas mãos curiosas de ti.
Se agora te contasse um segredo, dizias a alguém? E que contasses, na verdade não é segredo nenhum. De perto sabes-me melhor.
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me
Que tudo isso é pensamento
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar.
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
'Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã...'
Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos, presentes não são promessas. E não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que podes fazer coisas num instante das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tiradas de ti muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vemos. Aprendes que paciência requer muita prática. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas tu serás, em algum momento, condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, em vez de esperares que alguém te traga flores... E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!
Era tão bom ficar
O mal é que eu já não sei quem eu sou
Eu não sei se eu sou capaz
De me ouvir
Fala-me um pouco mais
Era tão bom subir
E dar o que eu nunca dei a ninguém
Tudo tem um fim
E aqui não há
Ninguém que possa ter o mundo para dar
Se um dia voltar
Vai ser só mais uma forma
De me ausentar
Daquilo em que eu não quero pensar
Páro para te ouvir
Páro para ver se é bom para mim
E vejo que é bom dizer
Páro para te ouvir
Mas foi só para ver
Se o futuro é para nós
O prazer que o meu corpo conhece é o que aprendeu no teu, e foi esse que o meu corpo ensinou às outras mulheres, às várias em que tentou enganar a tua ausência, à única que soube contornar a tua ausência para permanecer em mim.
Todos os dias fechamos os olhos e tu deixas conduzir o teu corpo como dantes te conduzia. Todas as noites entro em ti por todas as portas, a língua silenciosa desperta vertigens desconhecidas nas partes secretas das tuas orelhas e das pernas e dos pés. Todos as noites sinto o lago castanho de olhos grandes dissolvendo-se nos meus com uma felicidade quente e imensa.
Todas as noites os meus dentes mordem o teu pescoço no sítio exacto em que o teu corpo guardava a última fechadura, todas as noites voltamos a subir esse monte dos vendavais só nosso. Pelo menos até acordar sozinho na cama e sentir o peso frio da tua ausência.