domingo, novembro 25, 2007

Medo que paralisa


Se morresse agora não deixava nada, porque bebi toda a minha sede, esvaziei-me. Devorei noites, esse amargo que têm as coisas antes de nos pertencerem.

O teu corpo, por exemplo custou-me tanto inventar-lhe formas consistentes, um reflexo, uma sombra que se lhe adaptasse e o acompanhasse. O teu corpo que vive hoje dentro do espelho onde se perdeu o meu.

Eu sei, é um doce amar. O amargo é querer-te só para mim.

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