sexta-feira, dezembro 28, 2007

Barreira invisível


Sigo-te com o olhar, enquanto finges não notar. Fixo-te. Quero que saibas que te desejo. Embaraço-te. Preferes desejar-me à distância, ocultando o que o teu corpo responde a cada olhar meu. Embaraça-te não controlares esse desejo e mesmo assim insistires em ter de o fazer. Embaraça-te que a vontade te invada cada milímetro de pele, perante a visão de um dia te deixares ser possuída e possuíres. Sonhas sem sentido sem contudo ousar pensar no que pode tornar-se real. Escondes-te atrás de um sorriso tímido que grita por paixão.

Sinto que me queres. Quero que o digas. Diz. Diz-me o que queres de mim. Sem vergonhas ou embaraços. Diz que me queres. Diz. Desafio-te. Diz-me o que farias se te beijasse. Não, não digas. O teu corpo já me respondeu. Eu digo... Um dia vou possuir-te, sem fazer de ti minha que isso não existe. Vou saciar a gula. Vou lambuzar-me atravessando a barreira dos sonhos. Vou despertar com a memória de um gemido libertador.

Sim, às vezes tenho uma vontade violenta de te comer. De te comer às colheres, besuntada de mim, sem guardanapos nem instruções. Às vezes tenho vontade de te lamber os lábios carnudos, de te chupar até ao caroço.
Por isso te digo...dá-lhe o devido valor e nada mais que isso. Porque quando acabar espero que saibas que é para sempre. E não é assim que devia ser sempre?

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Ahahahahahah

Qual Liedson, qual João Vieira Pinto, esta sim sabe mergulhar prá piscina!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

The Verve Pipe - The freshman

Antes era só minha. Agora também é toda tua.

domingo, dezembro 16, 2007

2 dias seguidos...

...daqueles que te deixam de boca aberta e com água na boca.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Será que me entendes?!...

Aproveita enquanto é tempo. Dá-lhe o devido valor e nada mais que isso. Porque quando acabar é bom que saibas que é para sempre.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Completamente ridículo

Cada vez mais. E mais não digo. Que ainda me levo a sério.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Que raio de pergunta...

É que nem que fossem 90 kg!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Que querem que faça?

Não há mais ninguém assim. E é esta a verdade.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

O fim depende do coração de quem vê


Tantas vezes me pediu: “Diz-me que me amas, diz só uma vez. Mesmo que seja mentira. Diz-me. Só para eu guardar o som da tua voz a dizer essa palavra.” Tinha 19 anos, ela 20 e e ambos éramos incapazes de sequer entender esse pedido. Depois dos 20 deixei de fazer declarações de amor, pensava que bastava prescindir das palavras para não perder quem nunca tinha achado. Mas não sei ainda ao certo se eram as minhas palavras que se perdiam, se era quem estava do outro lado que não se queria deixar encontrar.

As histórias que nos contam podem magoar tanto como aquelas que vivemos. Ou mais, porque não temos um rosto onde ancorar o mal.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Encontros desencontrados

Vou andando, cantando
Tenho o sol à minha frente
Tão quente, brilhante
Sinto o fogo à flor da pele
Tão quente, beijando
Como se fosses tu

Ao longe, distante
Fica o mar no horizonte
É nele, por certo
Onde a alma se esconde
Carente, esperando
Esse mar és tu

Pode a noite ter outra cor
Pode o vento ser mais frio
Pode a lua subir no céu
Eu já vou descendo o rio...

Na foz, revolta
Fecho os olhos, penso em ti
Tão perto que desperto
Há uma alma à minha frente
Tão quente, beijando
Por certo que és tu

Pode a lua subir no céu
E as nuvens a noite toldar
Pode o escuro ser como breu
Acabei por te encontrar

Vou andando, cantando
Tive o sol à minha frente
Tão quente, brilhando
Que a saudade me deixou
Para sempre, por certo
O meu amor és tu.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

El breve espacio en que no está


Todavia quedan restos de humedad
Sus olores llenan ya mi soledad
En la cama su silueta
Se dibuja cual promessa
De llenar el breve espacio en que no está

Todavia yo no sé si volverá
Nadie sabe al dia seguiente lo que hará
Rompe todos mis esquemas
No confiesa ni una pena
No me pide nada a cambio de lo que da.

Suele ver violenta y tierna
No habla de uniones eternas
Mas se entrega cual si hubiera
Sólo un dia para amar
No comparte una reunión
Mas le gusta la canción
Que comprometa su pensar

Todavia no pergunté: te quedarás?
Temo mucho a la respuesta de un jamás
La prefiero compartida
Antes que vaciar mi vida
No es perfecta mas se acerca
A lo que yo simplesmente soñé.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Um beijinho prá Madalena!!!

Só ontem é que me lembrei quem o Maxi Perera me recorda...aquela verruga não engana ninguém, é este homem é o charme em pessoa. E não é qualquer um que tem como pai o Pinto da Costa e mãe o Vitor Baía...

quarta-feira, novembro 28, 2007

Estou um bocadinho triste...

... o Shrek emagreceu e já não é verde...

terça-feira, novembro 27, 2007

Faz-me sentir livre


Solta os teus cabelos
Solta os teus ideais
Diz-me frases soltas
Sobre coisas banais
Solta o teu corpo
Prende um abraço
Solta o teu ritmo
Solta o teu espaço
Solta a tua dança...
Faz-me sentir livre...

Descobre-te em ti
Liberta a tua mente
Faz-te igual a ti
Própria, faz-te diferente
Solta um sorriso
Liberta-te assim
Solta os teus sonhos
Liberta-me a mim
Solta a tua dança...
Faz-me sentir livre...
Faz-te sentir livre...

segunda-feira, novembro 26, 2007

Não andes atrás de mim...


... a não ser que me queiras apanhar.

domingo, novembro 25, 2007

Medo que paralisa


Se morresse agora não deixava nada, porque bebi toda a minha sede, esvaziei-me. Devorei noites, esse amargo que têm as coisas antes de nos pertencerem.

O teu corpo, por exemplo custou-me tanto inventar-lhe formas consistentes, um reflexo, uma sombra que se lhe adaptasse e o acompanhasse. O teu corpo que vive hoje dentro do espelho onde se perdeu o meu.

Eu sei, é um doce amar. O amargo é querer-te só para mim.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Radiohead - Creep

terça-feira, novembro 20, 2007

A mais linda folha de Outono


O Outono chegou-me ontem de mansinho, sem o esperar. Partilhei-o contigo e riste-te, daquele modo tímido que eu gosto. Riste do meu jeito ingénuo de mostrar as coisas, riste com aquele carinho escondido tal e qual o Outono este ano.
Esse Outono que chegou por um caminho feito de folhas amarelecidas esvoaçantes, que empalideceram certamente com a tua beleza desarmante. Esse Outono que chegou pelo mar enfurecido, inspirado pela força que tu tens dentro de ti. Esse Outono que chegou pelas estrelas tímidas que invejam a luz que tu reflectes em mim. Esse Outono que nos traz nuvens medrosas que teimam em aparecer como se não quisessem perturbar os nossos encontros. Esse Outono onde descobri a lua escondida na tua cama, onde os raios do sol que sou eu te roçam levemente e de fugida. Esse Outono de passeios apressados por chãos escorregadios a cheirar a terra molhada pelas primeiras chuvas que nos molham e renovam. Esse Outono onde se encontra o conforto de roupas quentes e dos beijos prometidos à procura de lábios tórridos. Esse Outono que me refresca com os teus cheiros e afectos desastrados que deixas escapar e vibram que nem fogo na lareira. Esse Outono onde temos sempre aquele canto da casa adormecido na música, meio escondido, meio por explorar. Esse Outono onde me aninho em ti, esse Outono que nos aconchega mais e mais.

A rotina surpreendente das folhas secas começou.
Espero que quando o meu Outono chegar, eu saiba agarrá-lo com a mesma força que passo o Verão, para que depois acalme no Inverno do teu colo e possa enfim recostar-me nas experiências e saudades do que fiz, ansiando pelo que era eminente.
Outono é esta estação que me cativa, os aromas da terra que voltam a soltar-se, as primeiras chuvas que acariciam a nossa pele, os momentos de intimidade com fogo, calor e cores na lareira, é sentir um frio aconchegante que pede o calor do teu sorriso ao voltar a casa.

sábado, novembro 17, 2007

Vontade de te ter


É aquela sensação de molhar os lábios sem sentir sede. Um vício maior do que o carinho de roçar a língua pela boca, num gesto semi entregue ao desejo de entrar por uma via mais estreita e me perder. Por aí, enquanto aqui estás. Seguir-te, mesmo que o risco esteja lá para não ser pisado. E por lá fico, num fim de noite preso a uma madrugada que podia ter sido o que vai ser, com certeza, um dia. O encontro será sob um manto coberto de almofadas e carícias trocadas e acesas como as velas que temos em nós a que só os espelhos assistirão. Vai ser, com certeza.

Aproximo a boca sedenta daquele poço de memórias e por lá fico, a deliciar-me com um doce que por ser tão prolongado de promessas, me inspirou. Provei agora os lábios. Quero mais. Vai ser, com certeza.

Os gestos ficaram presos, assim como a língua que se desprende sempre melhor quando tem umas quantas letras por escrever. Mas os olhos, esses, correram tanto e pararam em todo e qualquer ponto do contorno dos teus olhos. É na sinceridade da acalmia recente que reside a verdade do que digo. Se guardares lugar para mim e me sentires na plenitude, verás que nem só de palavras soltas se constroem estes textos. Mas essencialmente de umas mãos curiosas de ti.

Se agora te contasse um segredo, dizias a alguém? E que contasses, na verdade não é segredo nenhum. De perto sabes-me melhor.

sexta-feira, novembro 16, 2007

O xadrez nos nossos tempos



É incrível que em pleno século XXI ainda tenhamos tabuleiros de xadrez a preto e branco.
Esta questão não te preocupa? É que é mesmo o parente pobre do desporto, e para o bem dos marrões segregados socialmente com cabelo empastado com 4 lts de óleo Fula, borbulhas na cara cheias de Maionese e óculos fundo de Coca-Cola eu proponho que façamos uma greve de fome com o gajo do Head&Shoulders, o Kasparov. É que este caso é deveras preocupante, será que já alguém pensou levar o caso às Nações Unidas ou ao Tribunal Internacional? É porque reparem...

A Playstation tem não sei quantos milhões de cores e o xadrez tem duas...mesmo jogos de xadrez na Playstation só têm duas cores enquanto que se for preciso até o Tetris e o Minesweeper já têm efeitos sonoros incríveis e tipos equipados com ogivas nucleares.
Ainda por cima o xadrez trata-se dum jogo de colonalizadores. Tenham em atenção como são sempre as brancas que começam a jogar primeiro, o que constitui um casa claro de racismo.
Além disso é um jogo claramente machista...a rainha é a peça que mais trabalha, com mais raio de acção. É mesmo a Gata Borralheira dos novos tempos, é pau para toda a obra. E a quem temos de ganhar? Ao Rei, ele é que manda meus amigos!

E mais...é escandaloso como há mais de 3 séculos que o xadrez não tem sequelas...não seria já de haver um Xadrez 2 ou Xadrez Ultimatum Deluxe, qualquer coisa? Assim com canecas a serem vendidas em lojas do metro e bonecos de peluche jeitosos para os putos no Natal....É que até o Monopólio teve uma edição Barbie, por amor de Deus! Ao menos dar uns retoques nas peças, vesti-los à hip hop por exemplo, dar um ar cool aos geeks. Uma espécie de 50 Cent Vs. Eminem.

Eis uma das questões que me tem consumido neurónios ultimamente. Estou indignado com o tratamento ao grande Xadrez, o último dos jogos.