segunda-feira, janeiro 30, 2006

Além do Tejo

O som do vento, a porta aberta para quem queira entrar, o sabor distinto da comida, o cheiro da terra, o pão e o queijo, a hospitalidade, o frio gélido que purifica a alma, o bafo quente da lenha que arde, a festa do golo, a euforia de um abraço, o não nos importarmos com a altura das nossas gargalhadas, as cores da lareira, as emoções que se descobrem, os silêncios onde tudo se diz e nada fica por dizer, os piscares de olho cúmplices, ver-te e ter-te a meu lado por um breve mas infinito segundo, abraçar a minha vida, partir num carro sem rumo, o acordar em silêncio total, o imenso vazio da tua presença que me sufoca, as descobertas ao virar da esquina, o lençol branco que tudo cobre, o voltar a ser putos, rir de prazer, experimentar juntos um vendaval de sensações que só tinham sentido se fossem partilhadas, alma reconfortada e desejo de voltar.
Alentejo...muitas vezes havemos de repetir!

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