O nome
Diz-me o teu nome.
Agora que perdi quase tudo, um nome pode ser o princípio de alguma coisa. Escreve-o na minha mão com os teus dedos (como as poeiras irriquietas que se escrevem nos caminhos e como os lobos mancham o lençol de neve com os sinais da sua fome).
Sopra esse nome desconcertante no meu ouvido, como se levasses as palavras de um livro para dentro de outro (assim conquista o vento o interior das grutas e entra o bafo do Verão na casa arrefecida).E antes de partires, pousa-o nos meus lábios devagar...é um poema açúcarado que se derrete na boca e permanece como o primeiro chocolate da infância.
Ninguém esquece um corpo que teve nos braços um segundo...um nome sim.
Lindo!!
Nome que pode ser tudo ou nada!