O homem que queria ser o Mike Tyson

Provavelmente ontem foi o último jogo da carreira dele. Ao fim ao cabo, um belo resumo do que sempre foi. Raçudo, disposto a dar tudo pela equipa mas muitas vezes inconsequente. Devo confessar que o admiro, ainda que sempre tenha sido um protegido por ser o menino bonito da Juve Leo. Mas depois reparo melhor e fico desapontado.

Vejo-o na vida pessoal e nas entrevistas públicas e parece-me calmo, com um discurso ponderado, diria mesmo que é um dos poucos jogadores minimamente interessante. Mas o homem entra dentro dum relvado e passa os 90 minutos a dar sarrafada como se não houvesse amanhã, a reclamar com os árbitros como se fossem o Artur Jorge e tem paragens mentais com uma frequência preocupante.

O certo é que vamos andar uns tempos valentes ser ter uma referência no balneário como ele. Tão certo como eu dizer que Sá Pinto deixa-me saudades mas nunca tantas como o Pedro Barbosa, o Zidane português. Porque como diria um amigo meu "quem sabe sabe, quem não sabe bate palmas"... Não é Barbosa, o último dos falsos lentos?!