sexta-feira, abril 21, 2006

Amizades coloridas

Pegou-lhe na mão e o seu corpo estremeceu. Conheceu-a toda a vida, mas só agora o seu toque despertava todos os seus sentidos. Afastou aquela madeixa de cabelo que teimava em tapar-lhe o rosto e agarrou-a pela cintura para junto de si.
- Gosto muito de ti – disse-lhe.
- Eu também... Nunca nos vamos separar!

A bebida tinha-se apoderado dos corpos. De repente, sentiram-se leves e sem medos. Era como se o sonho ultrapassasse a realidade. Onde tudo era permitido. Não havia regras. A música embalava os corpos que teimavam em manter-se unidos num abraço que era só deles. Tudo deixou de existir. Existiam apenas eles. Eles e a música.

No meio de abraços trapalhões e juras de uma amizade que se prolongaria pela eternidade, os rostos tocaram-se e os lábios responderam à chamada de uma paixão adormecida. Olharam-se e sorriram sem dizer uma palavra. Não era necessário.

A noite acolheu-os enquanto a bebida os começava a abandonar. Não importava. O efeito continuava a ser o mesmo. Continuavam embriagados pelo odor das peles que se tocavam e pelos beijos que trocavam. Foi só mais uma noite.

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