segunda-feira, julho 23, 2007

Indefinições

A ideia que não me compreendas é aterradora. Pior que isso. Que não me confrontes com as tuas dúvidas e eu só as descubra dias, semanas depois é uma maneira pouco justa para ambos de fazeres as coisas.
E tudo isto porque estás presa a um homem que não sou eu. No bem e no mal que te fez. Tens medo que te faça o mesmo, de passares pelas mesmas recordações outra vez.
Se é que é preciso, aqui digo que não existe a vergonha de assumir a escolha que se fez. E se reajo de modo incrédulo para mim e enigmático para ti é porque quando se gosta realmente de alguém se sentem as suas ofensas como sendo as nossas.
Tens o direito de pegares nos fantasmas que habitam o teu baú e guiares-te por eles, só tu tens o poder de abrir ou fechar a porta. Mas não me leves nessa viagem por arrasto. Eu sou eu e mais ninguém, não sou o espelho de ninguém nem posso pagar pelos erros de outros. Só quero viver a minha vida, de preferência contigo a fazer parte dela.

PS: este é um texto ficcionado inspirado nas mulheres vítimas de violência de algum tipo em relações sentimentais

1 Enxovalhanços:

Blogger Melão Metralha enxovalhou...

Espero que seja mesmo ficcionado, senão arriscas-te a ser banido da confraria do torricado por sensibilidade exagerada por parte de um membrO da dita...

Melão, Preparador-Mor

sábado, agosto 11, 2007 10:11:00 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home